terça-feira, 4 de dezembro de 2012

desmatamento


Desflorestaçãodesflorestamento ou desmatamento é o processo de desaparecimento de massas florestais, fundamentalmente causada pela atividade humana. A desflorestação é diretamente causada pela ação do homem sobre a natureza, principalmente devido à destruição de florestas para a obtenção de solo para cultivos agrícolas ou para extração de madeira, por parte da indústria madeireira.[1]
Uma consequência da desflorestação é o desaparecimento de absorventes de dióxido de carbono, reduzindo-se a capacidade do meio ambiente em absorver as enormes quantidades deste causador do efeito estufa, e agravando o problema do aquecimento global.
Para tentar conter o avanço do aquecimento global diversos organismos internacionais propõem o reflorestamento, porém essa medida é apenas parcialmente aceita pelos ecologistas, pois estes acreditam que a recuperação da área desmatada não pode apenas levar em conta apenas à eliminação do gás carbônico, mas também a biodiversidade de toda a região.
reflorestamento é, no melhor dos casos, um conjunto de árvores situadas segundo uma separação definida artificialmente, entre as quais surge uma vegetação herbácea ou arbustiva que não costuma aparecer na floresta natural. No pior dos casos, se plantam árvores não nativas e que em certas ocasiões danificam o substrato,[desambiguação necessária] como ocorre em muitas plantações de pinheiro ou eucalipto.

Brasil

Segundo dados da FAO anunciados em março de 2010, o Brasil reduziu a área líquida desmatada em 20 anos, mas continua líder no ranking, seguido por Indonésia e Austrália. Cerca de 4 milhões de hectares são perdidos anualmente na América do Sul.[2][3]
Há três importantes fatores responsáveis pela desflorestamento no Brasil: as madeireiras, a pecuária e o cultivo da soja. Como boa parte opera ilegalmente, principalmente na Amazônia, os estragos na floresta são cada vez maiores.
No Brasil, os estados mais atingidos pela desflorestamento são Pará e Mato Grosso. Este último é o campeão em área desmatada, apesar de ter havido uma redução nos últimos anos.
A média de madeira movimentada na Amazônia - de acordo com um relatório divulgado pelo Governo Federal em agosto de 2006 - é de aproximadamente 40 milhões de m³, incluindo madeira serrada, carvão e lenha. Desse total, apenas 9 milhões de m³ vieram de manejo florestal (previamente autorizado).

[editar]Desmatamento na Amazônia

Desflorestamento para extração de madeira
O desflorestamento é uma das intervenções humanas que mais prejudica a sustentabilidade ambiental na Amazônia.[4] Na região amazônica, a desflorestamento já removeu 17% da floresta original. Além disso, extensas áreas do bioma Amazônia abrigam florestas empobrecidas e degradadas por queimadas e exploração madeireira predatória.
De acordo com Barreto et al. (2005), 47% do bioma Amazônia estava sob algum tipo de pressão humana em 2002, dos quais 19% representavam pressão consolidada (desflorestamento, centros urbanos e assentamentos rurais) e 28% pressão incipiente (medida pela incidência de focos de calor). Despesas com a gestão ambiental representaram apenas 0,3% (R$ 96 milhões) das despesas orçamentárias públicas dos Estados da Amazônia Legal em 2005. Em contraste, as despesas orçamentárias com meio ambiente de toda a Amazônia foram oito vezes inferiores aos gastos efetuados pelo Estado de São Paulo em 2005.
Madeira de desflorestamento irregular
A desflorestamento no bioma Amazônia passou de 10%, em 1990, atingindo 17% em 2005. Entre 1990 e2006, a área desmatada anualmente continuou elevada. Em média, a área desmatada subiu de 16 mil quilômetros quadrados, na década de 1990, para aproximadamente 20 mil quilômetros quadrados entre 2000 e 2006. A maior desflorestamento registrada na Amazônia ocorreu em 1995 (29,1 mil quilômetros quadrados). Em 2004 foi registrado a segunda maior desflorestamento da história da região –27,4 mil quilômetros quadrados. Em 2005, a área desmatada foi de 18,8 mil quilômetros quadrados, o que representa uma queda de mais de 30% em relação ao ano anterior. Em 2006 foi registrada uma queda ainda mais relevante na desflorestamento da Amazônia (13,1 mil quilômetros quadrados). Nos últimos cinco anos, o Mato Grosso foi o campeão de desflorestamento na região.
União Democrática Ruralista patrocina um projeto de lei no Congresso Nacional, já aprovado pelo Senado, que aumenta em 150% o limite legal para desflorestamento nas fazendas da Amazônia e dá anistia aos fazendeiros que já desmataram, ilegalmente, suas propriedades nos últimos sete anos.[5][6]

[editar]Monitoramento

No Brasil monitora a cobertura florestal da Amazônia com imagens do satélite Landsat desde o final da década de 1970.[7] O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) conduz o mapeamento das áreas desmatadas na Amazônia através do projeto Prodes (Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélite) e gera estimativas de taxa de desflorestação anual para a Amazônia. A informação sobre a taxa de desflorestação é importante para planejar ações de combate à desflorestação em escala regional. Contudo, apenas informações sobre a taxa de desflorestação são insuficientes para o monitoramento e controle da desflorestação em escala local - é também necessário saber onde a conversão florestal ocorreu e acompanhar as tendências da desflorestação. Em 2003, o Inpe passou a disponibilizar os mapas de desflorestação da Amazônia para toda a sociedade (Projeto Prodes). Há, entretanto, refinamentos que precisam ser feitos nos dados fornecidos pelo Inpe. Primeiro, a escala de mapeamento de 1:250.000, não permite mapear com detalhes fragmentos de florestas e áreas desmatadas menores que 6.25 ha. Segundo, áreas de exploração madeireira e de florestas queimadas não são mapeadas. Por último, a liberação dos dados tem sido temporalmente defasada, ou seja, pelo menos depois de um ano após as áreas terem sido desmatadas. Esta defasagem também limita as ações de controle de desflorestação. Tem havido também divergências no que deve ser considerada desflorestação. No caso do Estado do Acre, por exemplo, áreas de florestas ricas em bambu já foram classificadas como áreas desmatadas o que levou a superestimar a taxa anual de desflorestação para 2003. Os problemas descritos acima têm estimulado os Estados da Amazônia a desenvolverem seus próprios programas de monitoramento florestal, como é o caso dos estados do Mato Grosso e Acre.

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