Nome popular: Conhecida como arara-azul, arara-azul-grande, arara-preta, araraúna e arara hiacinta. Em inglês: Hyacinth Macaw ou Hyacithine Macaw. Alemão: Hyacinthara. Francês: Ara Bleu, Ara Hyacinthe, Ara Jacinthe. Espanhol: Guacamayo Azul, Guacamayo jacinto, Paraba Azul. Sueco: Hyacintara, Större Hyacintara. Nome Científico: Anodorhynchus hyacinthinus. Descrita por Latham em 1790. A etimologia da palavra anodorhynchus refere-se ao bico sem dentes, de maxila sem entalhe e o nome hyacinthinus é dado pela cor, predominantemente azul. Classificação: a arara-azul pertence ao Reino Animalia, Filo Chordata, Classe das Aves, Ordem Psittaciformes, a família Psittacidae e gênero Anodorhynchus.Status: Arara-azul é uma espécie ameaçada de extinção no Brasil (MMA, 2003), Listada no Apêndice 1 do CITES (Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção) e vulnerável de acordo com a IUCN (União Mundial para a Conservação da Natureza). |
Tamanho: Comprimento: até 1 m (da ponta do bico a ponta da cauda). Sendo a maior espécie no mundo da família Psittacidae. Peso: Adulto até 1,3 kg porém filhotes podem atingir até 1,7 kg no período de pico de peso.
Coloração: Possui plumagem na cor azul cobalto, degradê da cabeça para a cauda, sendo preta a parte inferior da penas das asas e cauda. Possui amarelo intenso ao redor dos olhos (anel perioftálmico), pálpebras e na pele nua em torno da base da mandíbula. O bico é grande, maciço, curvo e preto, formando quase um círculo com a cabeça. A língua espessa e preta chama atenção pela faixa amarela nas laterais.
Distribuição Geográfica: Antigamente comum em grande parte do Brasil, hoje é encontrada no Pantanal, abrangendo pantanal Boliviano, Paraguaio e Brasileiro, nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, bem como no norte do Brasil, nos estados do Amazonas e Pará e na região de “Gerais” que incluem territórios do Maranhão, Bahia, Piauí, Tocantins e Goiás. Infelizmente não existem informações suficientes para afirmar se as araras azuis estão formando uma população única, interligadas e cruzando entre si ou se as mesmas estão desconectadas, geograficamente separadas, formando três populações: Pantanal, Amazônia e “Gerais”. Em estudos recentes desenvolvidos pelo Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da USP em parceria com o Projeto Arara Azul e outros foram encontrados marcadores diferentes que sugerem uma variação na composição genética da população. Agora esses estudos estão sendo ampliados para confirmar ou não esta informação. Habitat: Na região do Pantanal, são encontradas em áreas abertas, nas matas que possuem palmeiras, enquanto seus ninhos estão localizados na borda ou interior de cordilheiras e capões, bem como em áreas abertas para o pasto. Na região do Pará, utiliza as florestas úmidas, preferindo locais de várzeas ricas em palmeiras. Nas regiões mais secas (TO, PI, MA e BA), é comum encontrá-las em áreas sazonalmente secas, preferindo os platôs e vales dos paredões rochosos, nesta região faz ninhos em ocos de palmeiras (TO), árvores emergentes (PA) ou em falhas de paredões rochosos (PI). |
Alimentação: Araras-azuis são um dos psitacídeos mais especializados na alimentação constituída basicamente de sementes de palmeiras, que elas consegue quebrar facilmente com a potência do seu bico. Na região pantaneira, alimenta-se de acuri (Scheelea phalerata) e bocaiúva (Acrocomia aculeata). Na região paraense alimenta-se de inajá (Maximiliana regia), babaçu (Orbiguya martiana) e tucumã (Astrocaryum sp). Nas regiões secas, alimenta-se de licuri ou catolé(Syagrus coronata), piaçava (Attalea funifera), buriti (Mauritia vinifera) e Orbiguya eicherii.
O local mais frequente de alimentação tem sido o chão, seja no campo ou nas proximidades das sedes de fazendas. Nestes casos, elas estão se alimentando da castanha-do-acuri, cujo mesocarpo (polpa) já foi retirado por outros animais, principalmente o gado e outros animais silvestres. No período de frutificação das bocaiúvas, elas são vistas se alimentando diretamente nos cachos.
Araras azuis comendo frutos de acuri e bocaiúva que tiveram a polpa limpa pelo gado. Foto: Luciano Candisani | Araras Azuis comendo no chão. Foto: Luciano Candisani | Cacho de bocaiúva. Foto: Luciano Candisani | AA bebendo água no Retiro Novo Foto: Neiva Guedes |
A alimentação geralmente é feita em grupos, como forma de aumentar a proteção. Sempre há um indivíduo de sentinela que, a qualquer barulho ou movimento estranho, dá um grito e todas as araras saem voando. Os horários de forrageamento são mais frequentes no início da manhã, entre 06:00 e 10:00 horas, e no final da tarde, entre 14:30 e 17:00 horas.http://ossimsemais.blogspot.com.br/
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